O tratamento é baseado numa enzima humana
natural modificada geneticamente para fazer com que as células cancerígenas
sofram morte programada.
O conceito exclusivo foi apresentado com êxito em células do melanoma1, que são resistentes aos tratamentos de rotina, tais como a quimioterapia ou radioterapia. O melanoma é um modelo perfeito para testar esta nova terapêutica, porque é considerada a forma mais agressiva do cancro humano, devido aos seus mecanismos de defesa contra muitos tratamentos disponíveis.
Proteína DNase1
Desenvolvido pelo cientista Karli Rosner, o método utiliza construções genéticas que contêm uma enzima modificada – proteína DNase1 – para identificar e destruir células cancerosas.
O investigador usou uma das técnicas utilizadas em engenharia genética, a técnica do DNA recombinante que fez com que modificasse o código genético para DNase1 – uma enzima altamente potente degradante do ADN – e alterou a sua composição genética, eliminando uma parte do código, transformando outra parte e adicionando uma parte artificial de código.
Através destas mudanças, o programa de ADN alterado é traduzido numa proteína modificada. Em contraste com a proteína natural, a proteína modificada, não será eliminada da célula cancerosa, vai resistir à desativação por inibidores de células e terá acesso ao núcleo da célula.
A célula cancerosa desconhece o potencial destrutivo do código modificado, produz uma proteína que escapa aos mecanismos celulares de defesa do sistema imunitário e entra no núcleo. No núcleo, a proteína danifica o ADN, “cortando-o em fragmentos” sem a necessidade de outros medicamentos.
O conceito exclusivo foi apresentado com êxito em células do melanoma1, que são resistentes aos tratamentos de rotina, tais como a quimioterapia ou radioterapia. O melanoma é um modelo perfeito para testar esta nova terapêutica, porque é considerada a forma mais agressiva do cancro humano, devido aos seus mecanismos de defesa contra muitos tratamentos disponíveis.
Proteína DNase1
Desenvolvido pelo cientista Karli Rosner, o método utiliza construções genéticas que contêm uma enzima modificada – proteína DNase1 – para identificar e destruir células cancerosas.
O investigador usou uma das técnicas utilizadas em engenharia genética, a técnica do DNA recombinante que fez com que modificasse o código genético para DNase1 – uma enzima altamente potente degradante do ADN – e alterou a sua composição genética, eliminando uma parte do código, transformando outra parte e adicionando uma parte artificial de código.
Através destas mudanças, o programa de ADN alterado é traduzido numa proteína modificada. Em contraste com a proteína natural, a proteína modificada, não será eliminada da célula cancerosa, vai resistir à desativação por inibidores de células e terá acesso ao núcleo da célula.
A célula cancerosa desconhece o potencial destrutivo do código modificado, produz uma proteína que escapa aos mecanismos celulares de defesa do sistema imunitário e entra no núcleo. No núcleo, a proteína danifica o ADN, “cortando-o em fragmentos” sem a necessidade de outros medicamentos.
Suicídio celular
Na sequência de alterações do ADN, organelos da célula
desintegram-se e as células cancerosas morrem. Desta forma, a tecnologia leva
as células cancerosas a cometerem suicídio, pois engana-as a sintetizar a proteína
que irá causar a sua própria morte.
Uma das vantagens desta
terapia é que as células cancerosas são
especificamente direcionadas para se autodestruírem através do mecanismo fisiológico da
apoptose. Este fenómeno de eliminação de células
cancerosas consiste no isolamento da
célula afetada compactando quer o citoplasma quer a cromatina. Em seguida,
fragmenta-se o DNA e, por sua vez a célula,
sem que ocorra uma resposta inflamatória. Deste modo, as células
vizinhas saudáveis ficam intactas. Isto é importante porque muitos efeitos
secundários dos tratamentos oncológicos são atribuídos à ativação do sistema
imunitário.
Os investigadores acreditam que o facto de esta terapia não exigir a
participação do sistema imunológico do paciente para matar as células
cancerosas é uma grande vantagem sobre outras tecnologias recentemente
desenvolvidas, como a vacina contra o cancro.
O sucesso da terapia
em eliminar o melanoma sugere um resultado semelhante no tratamento de outros
cancros.
1Melanoma é um tipo de cancro que
atinge o tecido epitelial, mais especificamente a pele. Representa 5% dos tipos
de cancro da pele, sendo o mais grave. O melanoma origina-se nos melanócitos,
células dendríticas localizadas na epiderme que produzem a melanina.
-Sara
Elaborado por Sara Cardoso com base em:
http://www.aeop.net/verNoticia.php?id=706&id_tipo=4
(visto a 11.03.2013)
Após muito tempo de pesquisa sobre a matéria lecionada neste período, encontrei o site da Associação de Enfermagem Oncológica de Portugal. Nesse site procurei notícias de investigação sobre cancro, até que me saltou à vista esta que postei. Eu escolhi esta notícia porque relaciona engenharia genética com a cura do cancro. De uma maneira geral, esta terapia personalizada consiste na modificação genética de uma enzima humana natural, ou seja, que é produzida no nosso organismo, para que esta quando modificada faça com que as células do tecido epitelial sofram apoptose e assim o melanoma desapareça. Mas de que maneira é isto possível? É possível após o DNA se recombinado e o RNA maduro traduzido para dar origem à enzima modificada. Assim, com as suas propriedades, a enzima entra para o núcleo da célula cancerosa e começa a digerir o DNA da mesma até que a célula danificada se destrói por si própria sem uma resposta inflamatória. Esta terapia é bastante vantajosa em comparação com os métodos normalmente utilizados, pela razão que mencionei sobre o sistema imunitário. - Sara
ResponderEliminarFinalmente estão a ser encontradas curas para o cancro, uma doença que afeta tanta gente no mundo, e segundo esta terapia, é só melhorar algo que o nosso corpo já faz (supostamente). Bom post, Sara ;) -Catarina
ResponderEliminarAcho que fizeste um bom trabalho! O facto de alterarmos uma proteína que é nossa, com a tecnica de DNA recombinante, e conseguir curar uma doença maligna (cancro) é surpreendente, pois nunca pensei que a cura para o cancro estivesse dentro do nosso proprio organismo se fizessemos apenas uma alteraçãozinha... Gostei muito, muito bom, Sara Margarida!
ResponderEliminarVi uma notícia á uns 2 meses exactamente sobre isto na RTP1 no jornal da manhã, e enquadra-se perfeitamente com a matéria dada, e sobretudo, fizeste um bom trabalho a relacionar as matérias com o processo falado no teu post. Gostei.
ResponderEliminarOlha é mesmo como a Mariana diz: "nunca pensei que a cura para o cancro estivesse dentro do nosso proprio organismo se fizessemos apenas uma alteraçãozinha". Realmente a técnica de DNArecombinante tem muitas aplicações e ainda bem que agora também pode ser aplicado ao cancro. Muito bem Sara. gostei.
ResponderEliminarEu estou a gostar tanto dos posts deste período! Porque para além da matéria ser bastante interessante, estamos a conseguir selecionar notícias muito enrriquecedoras e acho que tu conseguiste, Sara, na minha opinião escolheste um ótimo tema e para além disso também fiquei a perceber pois a tua expressão escrita está muito clara! Muito bem!!! Ana Cinceição
ResponderEliminar*Conceição xD
EliminarEstas técnicas deviam cada vez ser mais utilizadas e conhecidas, para que aqueles que não possam fazer quimioterapia ou radioterapia, tenham outros meios de se tratarem...Uma vez que esta é a doença da "moda", cada vez são mais necessários novos tipos de tratamentos. Excelente Post e muito adequado. Fizeste muito bem em voltares a explicar como funcionava a apoptose!:)
ResponderEliminarEste é um tema extremamente interessante. Acho que vivemos num mundo onde muitas pessoas são vítimas da horrível doença que é o cancro. O cancro é uma doença que a meu ver foi “crescendo” com a evolução tecnológica. Atualmente deparamo-nos com inúmeros possíveis agentes mutagénicos e é quase impossível escaparmo-nos deles: ou é o telemóvel, ou o fumo de tabaco na rua, ou às vezes um pouco de sol a mais num bom dia de praia! Mas a ciência tem feito de tudo para “acompanhar” o cancro em termos de procura de solução. Este é só mais um exemplo. Como a Mariana diz, é muito inteligente pegar em algo que o nosso corpo naturalmente faz e melhorar as suas funções. É uma pequena mudança num gene, um grande passo para a cura do cancro. Acho que o teu post foi muito bem explorado porque explicaste a matéria que estava envolvida, ou seja, aplicaste os conhecimentos adquiridos na aula. Gostei imenso. Muitos parabéns Sara!
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